sábado, 29 de dezembro de 2012

Alô, ano-novo na porta!

Fim de ano me deixa mais emotiva. Acho que qualquer um de nós, né? Chega essa época e eu me divirto/emociono com as propagandas do periódo. Quem não se emocionou ~ou até lagrimou~ com o comercial de O Boticário em que a moça passa o Natal com o pai em pleno voo para Xangai (Ou é Shangai?)? Para quem não lembra, tô falando desse vídeo aqui, só clicar. 
Mas, q que eu mais gostei nesse fim de ano foi a campanha do Bradesco. São três vídeos simples com textos de poetas famosos e que eu adoro: Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana e Fernando Sabino. Já conhecia dois dos poemas e favoritei o do Fernando Sabino. Aqui estão:









E por que esse post exclusivamente publicitário? Bom, achei que seria uma boa maneira de desejar um Feliz 2013 para todos. Os poemas me inspiram, achei que poderiam inspirar vocês também.. E inspirar a todos nós para termos um Ano-Novo doce, cheio de alegrias, amor, saúde, sucesso, paz etc etc. Enfim, tudo o que há de melhor!
Uma excelente virada de ano para todos :D 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

E o mundo nem acabou

Saudades Blog. Saudades escrever. Saudades leitores (alguém?!)
Talvez 2012 não tenha sido o ano mais produtivo para o blog. Talvez nem para a minha vida, de maneira geral. Engraçado, algumas vezes eu fiquei tão triste que o dia 21 de dezembro e toda essa história de fim do mundo se tornava uma esperança,como se o 'fim' fosse alguma forma de 'salvação' dos meus dias ruins. 
Algumas coisas mudaram nesse ano: a dinâmica familiar, por exemplo. Eu tive que encarar algumas mudanças cara a cara e isso me assustou muito no começo. Mas aí, a gente aprende a lidar.
Tenho que confessar que a minha vida acadêmica também não foi das melhores. Um desastre atrás do outro, problemas com as pessoas, perda de confiança, impaciência com uns, irresponsabilidade dos outros. Acho que a dificuldade de lidar com as outras pessoas deve ter sido o maior desafio ao longo dos últimos meses. Mas nem tudo é tristeza. Eu tive a oportunidade de trabalhar com pessoas responsáveis boas no que fazem. O resultado? Um excelente trabalho. 
Dois mil e doze não foi só mágoa, apesar de eu achar que a maior parte dele tenha sido um balde de água fria. Sabe, um coração partido, a rotina que é chata, os trabalhos que não deram certo, algumas discussões em família... Chega um momento em que até tropeçar na rua faz o dia virar um inferno! 
Porém, o que eu estava dizendo é que o ano não foi só tristeza. A família esteve presente, como sempre, mesmo com mudanças, os amigos de uma vida toda, mais um ano do meu lado, mesmo que a Nandz só tenha vindo pra Belém agora e o Freire tenha ido pra Inglaterra, Betta, Manu e Alex estiveram o tempo todo aqui comigo. 
Sem contar o frescor de uma amizade nova com a Amanda Campelo e os abraços do Antonio, nos momentos que eu mais precisei. Ainda tive as aulas e/ou lanches com o Ed, a Adriana e a Paula, que tornavam meus dias mais leves. Ah, também fiz novas amizades com a turma de boxe tailandês. O esporte se tornou uma terapia e as pessoas de lá, mesmo sem saber, meus 'terapeutas' depois de dias difíceis.
Acho que esse ano eu escrevi menos, fotografei menos, li menos, viajei menos, estudei menos, saí menos, bebi menos. Mas também, cuidei mais de mim, ouvi mais música, pratiquei mais esporte, respirei fundo mais vezes e aprendi a lidar com meus próprios sentimentos. Acho que esse último item é o mais importante da lista.
Acho que a parte mais divertida de toda essa história é que aos 45 minutos do segundo tempo, quando eu decidi ficar em standby esperando o novo ano, a vida, como quem não quer nada, me mostrou que as coisas ainda podem dar certo. Acho que essa é o segundo item da lista de 'aprendizados importantes' do ano: ter esperança. 
E assim foi dois mil e doze. Agora o fim está próximo e 2013 está batendo na porta, cheio de novidades e coisas boas (eu espero!). Queria muito prometer atualizar o blog mais vezes, conseguir um público maior, virar rica, famosa etc etc... Mas já prometi isso algumas vezes e não consegui dar conta. Mais uma vez, juro que, ao menos, vou tentar ((:
De qualquer, fica aqui meu desejo de um Natal feliz, alegre, doce e cheio de paz para todos nós!




quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Você sabe o que é amor?



- Você sabe o que é amor? – Ela perguntou enquanto olhavam as primeiras estrelas da noite.
- Como amor de pai e mãe?
- Nããão! Amor por outra pessoa, tipo namorada.
- Acho que sei. Por quê?
- Queria saber se já você amou alguém.
- Eu te amo. Serve? – Ele riu. Era a primeira vez que se declarava para ela.
- Não, não ama. Lembra da nossa regra número um?
- Lembro. Você falou que não podia me apaixonar por ti, não que eu não podia te amar.
Silêncio.
- Defina “amor”. – Ele a desafiou.
- Amor... É gostar do outro de tal forma a querer estar perto, cuidar, proteger, ouvir, gostar das qualidades, dos defeitos, é estar junto nos momentos difíceis, é dividir as alegrias... Acho que aquela parte do casamento “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza” define bem o que é amor. Acho que amor é tudo isso, mas sem esperar nada em troca, sabe? É fazer por gostar e não por querer alguma recompensa no final. E amor é eterno. Mesmo que a pessoa saia da sua vida e vá embora ou, sei lá, morra você ainda vai amá-la. E você nunca vai esquecê-la.
- Sinto tudo isso por ti, exatamente como você falou. Você traduziu meus sentimentos em palavras. Se isso não é amor, sinto muito, mas eu realmente não sei como se chama.

sábado, 3 de novembro de 2012

Dez anos depois

Rezando pra um dia pra você se encontrar e perceber,
Que o que falta em você,
Sou eu...
(Pra você dar o nome - 5 a seco)


Eles se encontraram no supermercado, quinta-feira à noite. Se tivessem combinado, não daria tão certo.
- Uau! Você! - Ele não escondeu a surpresa.
- É, sou eu... - Ela também não escondeu o espanto.
- Nossa, faz quanto tempo desde a última vez que a gente se viu? 
- Sei lá, dez anos? - Ela tentou parecer indiferente, mas sabia exatamente quanto tempo fazia desde a última vez que se viram.
Os dois começaram a andar pelo supermercado, cada um com seu carrinho e com sua lista de compras e prioridades. Começaram pelo corredor de bebidas. Ele pegou caixas de suco e refrigerantes. Ela, água e vinho.
- Então, como tem passado? - Ele tentou ser amigável.
- Bem, tô bem, de verdade. - Ela sorriu, como se isso tornasse sua resposta mais verídica.
- Legal... E ainda trabalhando com Artes? 
- Sim, dou aulas de dança, ajudo no Teatro da Cidade, essas coisas...
Eles continuaram andando lado a lado. Ela realmente queria que ele dissesse que ia pegar arroz do outro lado da loja ou ela queria ter coragem pra ir buscar arroz do outro lado, mas ninguém saiu de perto.
- E você? Trabalhando com música?
- Trabalho com a seleção musical da programação da rádio local. Não é o emprego dos sonhos, mas paga bem. Dá pra sustentar a família.
- Família? 
- É, casei. E temos duas filhas! - Ele estava empolgado e sem graça. Não necessariamente nessa ordem.
- Uau, quem diria... 
- E você? Aposto que muitos pretendentes!
- Não. Agora, na verdade, não. - Ela realmente estava sem graça.
- Ah...
Agora eles estavam no corredor de café, chás, leite e achocolatados. O silêncio enquanto cada um pegava um item servia de desculpa para pensar no que dizer. 
Ela se virou enquanto ele comparava o preço dos achocolatados, pretendia fugir. Dobrou no outro corredor. Respirou fundo. Quis ser discretamente. Procurou alguns itens e colocou no carrinho.
Olhou para frente e lá estava ele.
- Você sempre fugindo.
- E você sempre me encontrando.
- Nem sempre. Queria ter te encontrado antes.
- Pra quê? Pra me convidar pro seu casamento? Ou pro batizado dos seus filhos? - Ela estava furiosa.
- Não! Pra gente conversar, você me deve isso. Não pode fingir que nada aconteceu. Mesmo que se passem dez, vinte, trinta anos! - Ele também estava furioso. 
As poucas pessoas que estavam no local olharam, sem conter o espanto. Ambos respiram fundo. Ficaram calmos. Não precisaram falar nada e seguiram para a lanchonete. Encostaram os carrinhos. Ele buscou dois cafés expressos. O silêncio ainda imperou por mais alguns minutos.
- Então, o que você quer me dizer?
- Eu só não quero que você negue que existiu algo entre nós. A gente era amigo e agora você ignora isso como se...
- Como se o que? Eu gostava de você, você sempre soube disso, mas quem ignorou alguma coisa foi você! Dez anos atrás você me ignorou, ignorou meus sentimentos... E agora quem age como se nada tivesse acontecido é você.
- O que você queria que eu fizesse?
- Que ficasse comigo. Que namorasse, que casasse, que provasse que não daríamos certo juntos! Queria que você percebesse que tínhamos que viver algo, que sou eu quem saberia te fazer feliz!
- Pra estragar a amizade que a gente tinha? É isso o que você queria? Você ia fugir de qualquer jeito...
- Realmente, eu fugi. Eu sai da cidade, morei fora, conheci lugares, pessoas incríveis... Eu fugi de tudo isso pra perceber que, no fim, tudo o que eu sempre quis esteve aqui o tempo todo. E o que é pior: encontrar com tudo o que eu sempre quis no supermercado, numa quinta-feira à noite, e descobrir que tudo o que eu sempre quis está casado com outra e que essa outra leva a vida que eu sempre quis ter. 
- Olha, eu... - Ele não sabia o que dizer.
Ela se levantou, estava com os olhos lacrimejando. Sabia que ia pagar suas compras, chegar atordoada em casa, arrumar as coisas de qualquer jeito, tomar um banho e chorar no chuveiro, deitar e chorar na cama, até adormecer. Como nos tempos em que se conheceram.
- Não precisa dizer nada. A gente não escolhe o nosso destino, nem pode fugir dele. Por mais que a gente fuja, ele sempre encontra a gente. E você não é meu destino.
Ela deu as costas. Puxou o carrinho e foi até o caixa pagar suas compras. Já estava atordoada. Chovia e fazia frio. Ela chegou em casa molhada. A água da chuva se confundia com as lágrimas no rosto. Decidiu que ia fazer diferente. Esquentou um pouco de água e fez um chá. Olhou pela janela e viu a chuva cair. Ela sabia que fez o que precisava ser feito. A cena no supermercado ficou reprisando na sua mente, como um capítulo de filme no modo repeat
"Você não é o meu destino", pensou antes de cair em sono profundo. E esquecer.








quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Felicidade minimalista

Você sabe o que é felicidade?
Não sei você, mas eu deixei de pensar que felicidade é algo grandioso, como uma casa grande ou o carro do ano.
Algumas coisas que parecem ser parte da rotina podem trazer enorme felicidade: passar as férias em casa com toda a família, tomar sorvete dia de domingo para aliviar o calor, pôr-do-sol na orla, encontrar os amigos para as surpresas em uma sexta-feira à noite, ir ao cinema, praticar um esporte novo, caminhar ao ar livre, ouvir músicas novas no mp3, dançar até os pés cansarem, encontrar alguém para matar as saudades, conversar com a amiga que mora longe para matar as saudades, olhar a lua, brincar com o animal de estimação, pensar na vida...
Talvez por serem coisas que estão na nossa rotina, a gente não liga.
Talvez você, assim como eu, está sempre querendo outras coisas que achamos que vão nos tornar felizes e aí nem presta atenção no quanto essas coisinhas são importantes.
Talvez a felicidade seja minimalista e esteja presentes nessas pequenas coisas.
E aí você sabe o que é felicidade quando percebe que essas pequenas coisas estão ao seu lado o tempo todo. E você acha que não precisa de mais nada para ser feliz. E o coração transborda de alegria. E você sorri como se nada mais importasse.

domingo, 24 de junho de 2012

Os 3


- Você nunca percebeu, né Rafael?
- Perceber o que?
- O quanto que eu te amo.
- Cê tá falando sério? – Silêncio- Eu também te amei esse tempo todo.

Durante as férias do início do ano eu fiz uma lista de filmes para assistir. Era só um passatempo enquanto as aulas não começavam e na busca por bons títulos, encontrei a sinopse de “Os 3”. O filme é nacional e acho que pouco conhecido. Na época, não estava no circuito aqui de Belém, nem comercial, nem alternativo. Procurei para download e nada. Anotei o nome e fui viver minha vida. Aí outro dia eu fui à Fox com os amigos e encontrei o filme para locação. Só que não voltei para pegá-lo. Nesse fim de semana, fiz minha última tentativa e voilá! Achei o filme para download.
Assisti hoje de tarde. É um filme curtinho, não chega há uma hora e meia. Mas é o suficiente para fazer pensar sobre a tênue linha entre amizade, amor, paixão e tesão. A história é sobre o relacionamento de três jovens universitários: Camila, Rafael e Cazé. Eles estão prestes a se mudar do apartamento que dividiram durante os quatro anos da Faculdade quando uma proposta os faz ficar por mais tempo juntos e sendo assistidos pela Internet 24h por dia. Mais informações, no site do filme aqui.
Talvez o desenrolar da história seja água-com-açúcar para os mais exigentes. Sou meio boba e acabo gostando de filmes muito facilmente. Acho que o que realmente me encantou no filme foi a forma como os sentimentos ficam explícitos. Você se sente Camila ao se sentir divida entre dois homens. Ou um pouco Rafael ao declarar o seu amor e achar que a resposta positiva é uma mentira e ter o seu coração partido em alguns milhões de cacos. Até mesmo se sentir um pouco Cazé ao agir de tal forma que não magoa uma pessoa sem se preocupar se tais atitudes magoariam outra.
Durante a história, também entra em questão o que é real e o que ficcional, já que existe um público acompanhando o triângulo amoroso. Em alguns momentos, uns fingem e outros não, uns entendem o fingimento e outros não o aceitam. Talvez o filme proporcione uma discussão sobre o limite entre o público e privado e que pode se desenvolver ao ser comparado com os atuais realities shows. Porém, a proposta não é entrar nessa questão também.
Acho que o que mais chama a atenção é a identificação de quem assiste não necessariamente com os personagens, são jovens comuns, não há heróis ou vilões na história, mas com a teia de sentimentos onde todos estão envolvidos. Teias de sentimentos a qual todos nós estamos condenados a viver entrelaçados. Provável que uma das metas das nossas vidas é desfazer esse nó e decidir por quais pessoas que estão ao nosso redor nós temos amizade, paixão, tesão e amor. E dedicar cada um desses sentimentos a quem merece. E esperar que ele seja retribuído.
Após o filme, percebi que é essa teia de sentimentos que torna a vida tão complicada: a pessoa que nos ama é a quem dedicamos amizade; o alvo do nosso tesão é quem nos retribui com amor; a pessoa que só pode nos oferecer amizade é quem julgamos como o amor de nossas vidas e assim sucessivamente. No momento em que encontrarmos alguém por quem possamos sentir amor, amizade, paixão e tesão ao mesmo tempo, de forma clara e misturada, é o momento em que puxamos a pessoa e colocamos um anel no seu dedo da mão esquerda. Ou apenas levamos para morar junto.
E enquanto nada disso acontece, vamos levando do jeito que dá, seguindo os caminhos que aparecem pela frente, cruzando as esquinas erradas e confundindo os próprios sentimentos e os dos outros. Até que um dia a gente acerta e desembaraça toda a teia.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A bagunça do meu quarto - Dia 5: O resto

Não esqueci do blog, nem da minha missão. A verdade é que eu ainda não terminei de arrumar o que falta (de maneira geral, o material da Faculdade e aulas de Espanhol que estão acumulando embaixo da minha mesa). É muito papel e eu confesso que ainda não tive paciência pra ajeitar essas coisas.
A verdade é que toda essa história me deixou uma lição: às vezes precisamos parar de deixar a vida no automático e organizar as coisas. Às vezes, esquecer o que está ao nosso redor nos faz um mal danado e nem nos damos conta disso. Precisamos de um tempo só pra gente, pra gente respirar e colocar as coisas em ordem.E depois que a gente fica avaliando tudo o que aconteceu, a gente percebe o que realmente vale a pena manter conosco (que roupas, sapatos e bolsas vão ficar no armário para serem usados posteriormente, por exemplo).
Também tenho que confessar que andei fazendo umas comprinhas com mamis e que a gaveta de blusas já está fechando com certa dificuldade. Isso significa que o ciclo está recomeçando: quando eu terminar de arrumar o resto que falta vou ter que começar, de novo, a organizar as roupas.
Mas a vida é assim mesmo: ciclos após ciclos. E não é porque são ciclos que as coisas se repetirão: ciclos são diferentes, cada um com suas particularidades. E a cada ciclo, temos a chance de mudar, melhorar e aprender coisas novas.
E assim que eu termino esse ciclo, pronta para começar um novo, melhor e com novos aprendizados (:

Ah sim, dicas de leituras!
Os dois textos foram extremamente inspiradores. Adoro essas meninas: a primeira é autora do blog de moda com uma história muito interessante e que escreve de tal forma que a gente sente amiga próxima; a segunda é minha amiga/irmã/confidente que me entende e fez eu me identificar muito com essa última postagem. 

Então, até a próxima! o/

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A bagunça do meu quarto - Dia 4: Estantes

Adiantei a terapia semanal de arrumar o quarto porque eu precisava ocupar a cabeça nesse feriado com cara de domingo. Hoje o dia foi de tirar a poeira das estantes e fazer algumas mudanças. Eu tive que trocar os vidros de perfume para outra prateleira para que eles ficassem mais acessáveis. Depois tive que organizar os livros para não ter que tirá-los do quarto.
O trabalho foi mais complicado que os outros: tive que tirar perfumes e outras coisas quebráveis com todo o cuidado, tirar os livros, porta-retratos, limpar a poeira e colocar tudo em seus novos lugares. Sujei minhas mãos, minhas roupas e o resto do quarto tirando a poeira das estantes. 
Valeu o esforço. Eu podia ter passado a tarde assistindo filme, mas decidi arregaçar as mangas e me sujar da cabeça aos pés para deixar o quarto mais limpo e organizado. E na vida é assim mesmo: a gente precisa se esforçar por algo que a gente acredita que vale a pena. Pode realmente não importar mais daqui a alguns anos, mas se a gente acredita que vale a pena agora é porque vale a pena o esforço. 
E essa foi a metáfora ou reflexão de hoje: esforços são necessários se a gente acredita que os resultados serão satisfatórios, se valem a pena. 
É isso: a arrumação do quarto está quase no fim. Preciso pensar em como vou ajeitar o cantinho que falta. E preciso pensar no que vou fazer depois que terminar por aqui. 

domingo, 3 de junho de 2012

A bagunça do meu quarto - Dia 3: Bolsas

Hoje foi dia de arrumar as bolsas. Essa história já está virando uma terapia dominical. 
Então, diferente dos sapatos que têm conserto  (juro que essa semana eu levo na sapataria, junto com outras coisas na costureira), as bolsas não tinham mais espaço por aqui.Foi um sacrifício um pouquinho maior separá-las porque eu tenho uma paixão por bolsas. Mas as coisas mudam. E é preciso se livrar do que não está mais em uso. É preciso se acostumar com as mudanças e aprender que no início elas podem parecer o fim do mundo, parecer que tiraram o chão dos nossos pés, que vamos morrer e que nunca mais seremos felizes de novo. E algumas vezes estamos certos. Até que nos acostumamos, nos conformamos e percebemos que as mudanças não são tão ruins. Mudanças não são caprichos de Deus ou do destino, são necessárias: nos ensinam a ser mais fortes. E o que isso tem a ver com as bolsas? Nada. Só pensei em tudo isso enquanto eu cumpria o ritual semanal de organizar o quarto. O domingo valeu pela reflexão.

Ah sim! Hoje é aniversário do Gustavo! Parabéns, moço (:
Mais informações, no blog dele -> Etc

domingo, 27 de maio de 2012

A bagunça do meu quarto - Dia 2: Sapatos

Hoje foi dia de arrumar os sapatos. Acho que as regras de "arrumar as roupas" também vale para arrumar os sapatos. Mas tem uma coisa diferente: alguns sapatos estão fora de uso porque precisam de conserto. Eu falei, na semana passada, sobre consertar as roupas, mas acho que isso ficou mais evidente hoje.
Não adianta esconder na última caixa, no fim do armário: em algum momento você vai perceber que precisa consertar as coisas. E pode demorar um bocado até você se dar conta disso, mas é preciso acordar disposto, pegar os sapatos e levar ao sapateiro no outro quarteirão. Requer esforço e tempo. Requer coragem.
Sim, precisamos de esforço e coragem para fazermos coisas diferentes, quebrarmos a rotina, mudarmos o jogo. E não estou me referindo apenas à sapatos.
Mas acho que é uma boa metáfora: assim como você pode levar os seus sapatos para o conserto, você pode consertar os próprios erros e fazer as coisas de um jeito diferente, melhor. Sempre.

domingo, 20 de maio de 2012

A bagunça do meu quarto - Dia 1: As roupas

Hoje comecei oficialmente o meu projeto, até agora, chamado "A bagunça do meu quarto". Para quem não leu o post anterior, aqui vai um resumo: decidi que vou arrumar meu quarto, por partes, e postar a história de cada uma dessas arrumações aqui. Vejam o link anterior para mais detalhes (:
Então, hoje eu comecei pelas roupas. Acho que era o mais fácil do que eu ainda vou encarar daqui pra frente. E agora o compromisso tem que ser cumprido, já que até a minha mãe lê meu blog e vai me cobrar por essa organização. 
Arrumar roupas já é algo comum para mim, é o tipo de coisa que eu faço com certa frequência. Mas acho que alguns passos devem ser estabelecidos para que as coisas bem feitas:

1) Amargure-se. Estranho? Não! Sinta toda a mágoa de ter acumulado tantas coisas desnecessárias por tanto tempo. Tenho uma teoria de vida em que eu acredito que a gente precisa ir até o fundo do poço para ter forças para recomeçar. Li uma frase, não lembro direito como era nem de quem era (se alguém souber, favor, avisar), que diz algo como "quando estiver no fundo do poço, olhar para cima e ver luz, agradeça por ainda não terem jogado terra por cima". 

2) Coloque tudo pra fora. Literalmente. Jogue as roupas por cima da cama, cadeira, mesa. Olhe em volta. Veja tudo o que está acumulado. Tire o que você não usa mais, o que traz más lembranças, o que não te serve mais. Organize o que é mais importante. Separa as calças das saias, as saias dos vestidos, os vestidos das blusas... E vá assim, demoro o tempo que for, lembre, repense e se livre. Nada mais libertador do que nos livrarmos daquilo não nos faz mais falta.

3) Guarde as coisas boas que sobraram. Organize por cor, tamanho, forma, tipo... Mas organize. Acho que o bom dessas arrumações é você achar coisas que ainda te servem, mas estavam escondidas no fundo da gaveta. Lembre do que te fez bem: roupas também são lembranças, guarde com carinho. Mas não fique pensando o que poderia ter feito com aquele vestido-lindo-vermelho: se não fez, já era, esqueça e siga em frente. 

4) Separe as roupas que precisam de conserto. Achei um vestido e uma saia que precisam ser ajustadas e uma calça que está descosturando. Alguém conhece uma boa costureira? Algumas coisas, também escondidas, só precisam ser consertadas para serem usadas de volta.

5) Faça compras! Agora que esvaziou parte do seu guarda-roupa e organizou de tal forma a ter mais espaço, preencha os vazios com coisas novas.

Fácil? Como já disse, já tenho esse costume. Vamos ver o que teremos pela frente. 
Até o/




quinta-feira, 17 de maio de 2012

A bagunça do meu quarto

Hoje fui colocar uma bolsa no meu guarda-roupa e percebi o quanto ele estava bagunçado. Na verdade, eu sabia que meu guarda-roupa -assim como todo o meu quarto- está de cabeça pra baixo. Parece que passou um furacão por aqui e eu guardei tudo de qualquer jeito depois do susto.
Hoje também começou a greve dos professores da UFPA por tempo indeterminada. Acho justo fazer uma observação sobre esse assunto: concordo com a greve dos professores a partir do momento em que eles decidem cruzar os braços para manifestar, reivindicar e/ou negociar melhores salários e condições de trabalho. Mas nem todos os professores fazem isso, alguns param apenas para viajar, resolver seus problemas pessoas, cuidar da sua vida já feita, enquanto os alunos têm seu período letivo prejudicado. Como tudo na vida, esse assunto ~polêmico~ tem dois lados. Limito a minha opinião a esse pequeno parênteses.
Então, com a greve por tempo indeterminado, minha vida na Faculdade está suspensa também por tempo indeterminado. Isso significa que eu vou ter mais tempo livre para fazer coisas ~atualizar o blog deve ser um ótimo exercício~. Mas que coisas exatamente eu vou fazer eu não sei. Melhor, não sabia até ainda agora. Como eu disse no começo, meu quarto está uma bagunça. Decidi que vou arrumá-lo.
"Que tipo de garota é essa que não arruma o quarto?" vocês devem estar pensando. Talvez você até veja ele rapidamente e diga que ele não precisa de arrumação. Mas só eu sei o que está por baixo dessa aparência de quarto, minimamente, organizado. São roupas que eu não uso mais, sapatos para consertar, textos para encadernar, livros para limpar, bolsas jogadas esquecidas no fundo do armário...
E o que o blog tem a ver com isso? Pensei em fazer algo no estilo Um ano sem Zara ou Projeto Julie/Julia, do filme Julie & Julia, e a cada decisão, arrumação ou qualquer coisa, postar aqui, tipo "A bagunça do meu quarto - dia 1 - as roupas". Que tal?
Quais as chances disso dar certo? Sinceramente, acho que mínimas. Talvez a obrigação de postar no blog me incentive, quédizê, imagino as pessoas ansiosas, esperando qual vai ser o próximo passo para eu me livrar das coisas velhas e inutilizáveis... Enfim, talvez ajude.
Quando começar? No sé. Mas creio que em breve (:

sábado, 5 de maio de 2012

Para a (Des)Organização

Acordei com a impressão de que tinha levado uma surra na noite anterior. Mas foi só o resultado de uma noite ótima. Noite que encerrou a Muvuca na Cumbuca 2012: Semana de Comunicação da UFPA. O evento durou apenas três dias, mas foram três dias intensos e incríveis. E o evento todo só aconteceu porque uma certa (Des)Organização arregaçou as mangas e começou a trabalhar faz alguns meses. E é para essa (Des)Organização que eu quero dizer duas coisas: 1) Obrigada; 2) Parabéns.
Obrigada pelas reuniões constantes, pelo trabalho intenso, pelas noites mal dormidas, por quase matarem e quase morrerem para que o evento acontecesse. Tudo para proporcionar o encontro entre estudantes, professores e profissionais da Comunicação em um único lugar, em um único momento.
E parabéns pelo sucesso. Pelo sucesso de público, pelo sucesso das mesas, das oficinas, das palestras... Agora, vocês podem estufar o peito de orgulho e dizer para quem quiser ouvir "Eu fiz a Muvuca na Cumbuca 2012 e foi um sucesso!". E mais: vocês podem deitar e descansar, merecidamente, com a sensação de dever cumprido.
Mais uma vez, parabéns (Des)Organização da Muvuca na Cumbuca 2012.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sobre amizade

A amizade, para mim pelo menos, é um dos melhores sentimentos. Muito mais forte inclusive do que o amor. Porque amizade não tem cláusula de exclusividade, não tem ciúmes, não tem ditadura do libido. Então, é uma coisa que realmente dura. 
(Zuenir  Ventura)

Acho que não existe relacionamento mais sincero do que a amizade. Não, essa não é uma homenagem ao Dia do Amigo, da Amizade ou algo do tipo. É que hoje eu fiquei pensando e percebi que o realmente importa é a amizade que a gente cria com as pessoas. E que mesmo que ela não dure para sempre, vamos ter sempre boas lembranças, guardadas na caixinha da memória.
Não lembro de ter terminado nenhum amizade por causa de uma briga. Eu simplesmente fui me afastando das pessoas, não por mal, mas por pura circunstâncias da vida. Aí não restou mágoa, nem lágrimas. Claro que às vezes a gente guarda alguma mágoa e coloca tudo pra fora da pior maneira. Mas se vale a pena, tudo fica bem.
Amizade é bom porque a gente não precisa lembrar o dia que começou, pra comemorar todo o mês que nem namoro. Amizade não tem data de início. Por mais que você saiba exatamente dia, local e hora que conheceu a pessoa, não significa que tenha sido aí que a amizade começou. 
Amizade começa com o menor gesto de confiança, de carinho, de apoio. E quando a gente percebe, temos aquela sensação de que não podemos ficar sem aquela pessoa, ali do nosso lado, pra nos apoiar, guiar, carregar, fazer a gente sorrir...
Amizade é quando a pessoa, mesmo longe, se oferece pra te dar aquele abraço bem apertado e você o sente; é quando ela conversa contigo por Msn/Facechat mesmo sem ter assunto; é quando ela te coloca no chão quando sua cabeça está nas nuvens; é quando ela volta contigo no mesmo ônibus e o silêncio não é constrangedor; é quando a pessoa se vinga por você...; é quando você grita sos e a pessoa entende que você precisa dela; é quando, mesmo depois de semanas, você coloca os assuntos em dia, como se só tivessem passado algumas horas...
Mas não só. Amizade é mais, muito mais. E esse plus é o que cada amigo pode oferecer ao outro. Cada relação é única, especial e, de alguma forma, eterna.

domingo, 4 de março de 2012

Novos começos


M: Ninguém fez nada comigo, eu consigo me destruir sozinha.
A: Vou te chamar de Katrina, então. És teu próprio furacão.


Essa deve ser a milionésima décima quinta vez que eu planejo um novo começo. E só deixará de ser um novo começo quando virar rotina. Talvez nunca vire rotina e eu tenha todos os dias novos começos.
Mas a vida é feita disso, né? Ciclos que começam e se encerram e que criam novos ciclos, novas experiências, novos ápices, novas quedas, novas pessoas, novos fins e novos começos.
E depois de sentir um furacão destruindo tudo por dentro, depois de ver meu irmão partir, depois de me sentir vulnerável e desprotegida, sinto que posso recomeçar, carregando comigo todas as lições das últimas semanas.   
Sinto que posso, finalmente, me reconstruir desse furacão que me destruiu.
E recomeçar quantas vezes forem necessárias, porque não precisamos de um novo ano ou de um motivo especial para começar outra vez. Podemos recomeçar a todo instante, organizar as coisas de um jeito, desfazer a organização, mudar tudo de novo... A vida é sua e você tem capacidade de fazer o que quiser com ela. Basta querer. Basta viver.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Para sempre e sempre?

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba...
(Por enquanto -  Cássia Eller)
 

Acho que uma das coisas mais incríveis do Facebook é aquele "Pessoas que talvez você conheça". Lógico, deve existir um monte de mecanismos para aquela foto, daquela pessoa que você não vê faz anos aparecer bem ali no canto da sua página e você pensar "Meu Deus! É Fulano!".
~Confesso que algumas vezes penso que os mecanismos lógicos são dispensáveis e o que acontece é um espírito do mal que vai nas profundezas do inferno do seu passado buscar justamente quem você mais queria esquecer~
A verdade é que de vez em quando pessoas com quem eu perdi contato faz tempos me adicionam. Eu aceito e lembro dos bons momentos que tivemos. Consequentemente, lembro do que nos afastou. Tento entender porque aquela amizade não durou para sempre, como a gente costumava declarar em cartinhas, bilhetes de sala de aula ou depoimentos no Orkut.
~Sim, sou desse tempo e tenho certeza que você também~
O que me incomoda, ainda que discretamente, é ver o perfil online daquela pessoa. Você acha que conhece bem as pessoas e, de repente, "Nossa, ela gosta de reggae agora!"
 ~Nada contra reggae, é só um exemplo~
O que eu quero dizer é que a gente se ilude com as pessoas e acha que a amizade, o namoro ou qualquer outro tipo de relacionamento vai durar para sempre e ninguém vai mudar e tudo vai ser perfeito...
Desculpa, mas geralmente não é assim que as coisas funcionam no mundo real. 
Por mais que pareça perfeito, um dia as coisas chegam ao fim. E as pessoas vão se afastando, se perdendo, perdendo espaço nas nossas vidas, nos bons momentos e quando você vê, elas não estão mais lá, onde disseram que estariam para sempre.
Mas não vamos negar que existam exceções: poucas, raras e verdadeiras. Sempre teremos quem permaneça conosco, na alegria, na tristeza, saúde, doença, na pobreza e na riqueza e nem a morte é capaz de separar.