sábado, 22 de junho de 2013

O gigante acordou. E agora?

Acho que as manifestações que estão ocorrendo pelo Brasil são um ótimo assunto para eu tirar a poeira desse blog e tentar manter a velha promessa anual de manter o espaço atualizado. Então, já que tá todo mundo dizendo o que pensa, vamos lá dizer o que eu acho.
Dizem que a história dos $0,20 foi a gota d'água para que todo mundo fosse pras ruas reivindicar os seus direitos, que inclui saúde, educação, segurança, transporte de qualidade... Enfim, todos esses direitos que as pessoas precisam para uma vida digna. A história de São Paulo se espalhou por todo o Brasil em uma semana. Todas as capitais começaram a ter movimentos que foram às ruas levar os seus cartazes e mostrar o que querem e tals. Legal, nossa geração não é tão acomodada e passível como dizem.
Mas eu pergunto: e agora? Faz o que?
Acho que continuar saindo por aí e fechando o trânsito é uma maneira de mostrar que o povo está incomodado, mas não só. Acho que as organizações precisam justamente se organizar para ter alguma representatividade, seja como partido político, seja como organização mesmo interessada em defender os direitos dos brasileiros. Não adianta, alguém vai ter que 'ser a cara' do movimento. E, adivinhem, não é possível agradar gregos e troianos, afinal, somos todos diferentes, com interesses e prioridades diferentes.
Em segundo lugar, vou aqui dividir uma opinião de um sociólogo espanhol que eu já tinha postado no Facebook: "Para ele [Castells], as mobilizações serão derrotadas se aderirem a práticas violentas. 'Se agirem com violência, irão perder sempre, porque o sistema sempre será muito mais violento do que qualquer contra-violência que o movimento possa adotar". O texto completo tá aqui e acho que vale muito a leitura. 
Por último, mas não menos importante, quem são essas pessoas que estão indo às ruas? Sério, conheço alguns desses que estão levantando bandeira, mas que não devem nem arrumar a cama quando acordam. Gente que não tem respeito pelos colegas que apresentam trabalho na sala aula e que tampouco respeita a sua opinião, caso tu tenhas ideias contrárias. Acho que fica difícil acreditar em um movimento com pessoas assim.
No mais, acho que além do Gigante, acordou também uma Esperança que sempre esteve presente em cada um de nós. Uma Esperança de que é possível mudar as coisas, fazes história e construir um país melhor.