terça-feira, 10 de agosto de 2010

Salt e a Guerra dos Sexos

Semana passada fui assistir ao filme Salt (Salt, EUA, 2010) com dois amigos (Roberta e Manoel F., obrigada pela companhia). A história é a seguinte:
Antes de se tornar agente da CIA, Evelyn Salt (Jolie) prestou juramento de servir e honrar o seu país. Ela colocará o seu juramento em prática, quando um desertor russo a acusa de ser uma espiã russa. Salt foge, usando todas as sua habilidades e anos de experiência como agente infiltrada para conseguir escapar dos seus inimigos, proteger o seu marido e fugir dos seus colegas da CIA.
(Site Interfilmes)
Pois bem, eu sempre assistia filmes de espionagem por influência do meu irmão. Ele sempre gostou desses efeitos especiais em que o cara está em um carro, o carro explode e o cara sai sem nenhum arranhãozinho pra contar história. Salt é um filme nesse estilo e para quem gosta é uma boa pedida.
Mas, o que mais me chamou atenção nesse filme, até porque reviravoltas e efeitos especiais são marcas registradas de todo bom filme de espionagem, é que o personagem principal é uma mulher. Sim, Angelina Jolie bate, corre, foge da polícia, pula entre caminhões em movimento, causa explosões e, de repente, está linda e maravilhosa como nenhum James Bond ou Ethan Hunt conseguiria estar. Outra coisa que me chamou a atenção: Salt é casada. Nos filmes, os espiões estão sempre com uma mulher diferente (James Bond que o diga...). Algumas feministas mais radicais podem até dizer que Evelyn representa a mulher do século 21: é capaz de fazer as mesmas coisas que os homens, mas sem perder o charme e a elegância feminina.E antes que alguém levante a mão e diga que As Panteras (Charlie's Angels, EUA, 2000) colocou mulheres nos filmes de espionagem, argumento que não é válido, já que se trata de três espiãs. Salt trabalha sozinha.
Seria essa uma maneira de permitir que as mulheres tenham o mesmo espaço que os homens no mundo cinematográfico da espionagem? Seria uma forma de tornar os direitos iguais? Seria esse texto feminismo barato?!
Acho que ninguém queria igualar os sexos, pois, Tom Cruise tinha sido convidado para estrelar o filme. Como ele não aceitou, por achar que o papel seria muito parecido com o Ethan Hunt de Missão Impossível (Mission: Impossible, EUA, 1996). Assim, Edwin virou Evelyn.
Creio que foi por acaso que trocaram um homem por uma mulher para estrelar o filme. Talvez tenha sido uma boa coincidência, porque assim, Salt tem esse diferencial: uma espiã no lugar do bom e velho espião-bonitão-salvador do mundo. Acho que até ficaria legal se ela se apresentasse à la Bond:
-Meu nome é Salt. Evelyn Salt.

3 comentários:

M.F disse...

Esqueceste a Lara croft...

Não sou muito fã de espionagem, mais o texto vale muito a pena.

Beijão

shelhass disse...

Putz, desbancando a Lara Croft, hein...

Adorei o trocadilho. Mas eu iria gostar mais se tivesse o mesmo estilo da Trilogia Bourne, sabe? Essa coisa do heroí do seculo XXI, cujo carater não pode ser julgado simplesmente pelo ideal de lado do bem, lado do mal.
Todos estamos sujeitos a errar e fazer o bem ou o mal de acordo com o que nos convés.
E não ficar pregando integridade feita uma Madre Teresa.

Nada contra o feminismo aliás.

Caleidoscópio de Idéias disse...

Eeras eu amo filme assim, fiquei muito a fim de assistir esse!
Claro, tinha que ser a Jolie né, quem foi Lara Croft uma vez pode tudo hehe
beijos.