Capítulo VII- As fotos
Charllote entrou em casa e correu até o quarto em busca de uma caixa esquecida no fundo do guarda-roupa.Achou-a.Dentro dela,Charllote encontrou fotos e cartas que trocara com Edouard.Lembrou-se das declarações de amor.Lembrou-se que Edouard tinha uma gana de viver como ela nunca tinha visto.
Ela pensou o que teria ocorrido com seu amado nos seus últimos momentos de vida.Lembrou-se do seu próprio dia,no dia da morte de Edouard.
Ela acordou cedo,não precisava ir trabalhar.Um pouco depois,o telefone tocou,era um amigo do tempo de faculdade.Ele estava na cidade e queria vê-la.Eles combinaram de almoçar juntos naquele dia.Ela aceitou.
De repente,um pensamento passou pela cabeça de Charllote.
Capítulo VIII-A verdade
Charllote saiu correndo de casa.Pegou a bolsa que estava jogada em cima do sofá e saiu de casa em busca de um táxi.Voltou para delegacia da cidade.Victor não estava mais lá.Por sorte,a moça com quem ela falou lhe deu o endereço do investigador.Ela pegou outro táxi e se dirigiu para tal residência.
Victor abriu a porta surpreso.
-Eu já sei o que aconteceu-Charllote estava quase chorando.
-Sobre...-Victor fez sinal para que ela entrasse e se sentasse.
-Sobre o que aconteceu com Edouard.Ele de fato se matou!-Agora ela chorava mais intensamente.
-Como sabe?
-No dia de sua morte,eu saí para almoçar com um amigo de faculdade...-Ela não conseguia parar de chorar.
Victor levantou-se e e pegou um copo com água para a moça.Ela bebericou e continuou:
-Nesse dia,depois do almoço,fomos para a minha casa e dormimos juntos.Creio que Edouard chegou antes para me fazer uma surpresa e nos viu juntos.-Começava a chorar de novo.
Victor,em um instinto amigável,a abraçou.Um pouco depois,viu aquela mulher dormir em seu sofá.
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Charllote acordou assustada.
-Quanto tempo domir?
-Umas duas horas.Vamos,eu deixo você em casa.
Charllote raciocinou e se deixou levar até seu lar.No caminho,Victor explicou que ia averiguar e ver se a história dela estava certa.Ela não precisava mais de provas,sabia que estava certa.Despediu-se e agradeceu a carona e a paciência.
-Se cuida-ele disse.E foi a última coisa que ela ouviu.
Capítulo IX-O fim
Charllote entrou em casa e foi direto ligar a banheira.Sentou-se e escreveu uma carta.De despedida.Foi até o banheiro,abriu o armário e achou umas lâminas.Tirou os sapatos,mergulhou na água fria da banheira.Cortou os próprios pulsos.
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Dois dias depois,Victor invadiu a casa de Charllote.Ele tentou ligar para moça,mas ninguém atendia.Bateu na porta,mas ninguém respondia.Decidiu invadir.Procurou no primeiro andar.Finalmente subiu.Olhou por cima da mesa e achou uma carta.
Estranho,
Não sei quem está lendo esta carta agora,muito menos se alguém vai ler.Mas,se lerem,não tentem procurar minha família ou amigos,só chame a polícia,vão me enterrar como indigente.Não me importo,é só um corpo material.Não tenho família.A única pessoa realmente importante na minha vida foi meu marido.Ele morreu porque eu o traí e um dia juramos que se traíssimos um ao outro,a punição seria a morte.Estou indo pedir-lhe desculpas pessoalmente.Torçam por mim,para que ele me perdoe.
Charllote.
Fim.
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Em abril eu volto com meus relatos de adolescente em crise e textos que fazem pensar.Minhas narrações são terríveis.Só postei pra dar um fim pra história.Talvez,se eu não estivesse tão depressiva nesse instante,o fim podia ser diferente.Até breve.
o/
3 comentários:
ai marilia :(
que historia linda, coovente mas... ingenua,
ela nao se mataria, iria viver com o amigo dela o/
beijos
Concordo com o Freire. Seria uma final a la Eça de Queiroz. Ela choraria no caixão, fingiria querer se matar e cairia nos braços do amigo. A vida é cruel... mas adorei a narrativa! Escreva mais!
Eu também concordo com o Manoel, todavia achei a narrativa realmente comovente, dessas que prende o leitor.
Saudades minha flor. Amo-te.
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