domingo, 30 de março de 2014

#HIMYMFarewell

Meu coração está se despedaçando com mais um fim. Sim, fins são extremamente tristes e doloridos e como tudo que acaba, daqui por diante, só sobrarão as lembranças.
Amanhã vai ao ar, pela emissora CBS, o último episódio de How I Met Your Mother. Vai ser o final da saga de Ted (Josh Radnor), Marshall (Jason Segel) , Lily (Alyson Hannigan), Barney (Neil Patrick Harris) e Robin (Cobie Smulders) e da enorme história que Ted conta para os seus filhos sobre como conheceu a mãe deles.

São nove temporadas de risos, lágrimas, dramas, momentos de alegrias, raiva, mágoa, esperança, momentos inesquecíveis e identificação. Eu conhecei HIMYM por meio dos meus amigos e cada um se identificava perfeitamente com alguém do elenco. Nos identificamos com as situações e inúmeras vezes nos percebíamos em momentos parecidos com os dos episódios. Ou víamos os episódios e lembrávamos que algo que tinha acontecido conosco.
Acho que por isso me apeguei tanto a série. Nunca tinha acompanhado nenhuma outra com tanta atenção e carinho como HIMYM. E depois de esperar ansiosamente por cada episódio, reclamar de cada hiato, seguir os atores nas redes sociais, acompanhar o grupo de discussão no Facebook, repetir inúmeras vezes "legen...wait for it... dary!" eu estou sofrendo ~por antecipação~ com o inevitável fim. 
Acredito que qualquer um consegue ver um pouco de si nos outros. Essa deve ser a mágica de HIMYM: são pessoas comuns, com vidas comuns, com situações acontecem em Nova Iorque, mas poderiam ser em Paris, Buenos Aires ou, por que não, Belém. Mas são tão comuns que se tornam especiais porque fazem parte da nossa história, de quem somos, de quem queremos ser e das pessoas que conhecemos e que passam a fazer parte das nossas vidas.
Não sei como vai ser depois de amanhã. Talvez rever todos os episódios eternamente seja uma solução, uma maneira de aliviar a falta que a série vai fazer. Algumas pessoas já estão até dizendo que vão precisar de ajuda psicológica, que vai ser como perder um parente. Outras apenas relatam a saudade que vão sentir de cada personagem, de cada cena favorita, esperando por possíveis especiais. 
Não sei como vou me sentir depois do fim. Talvez nem chore tudo isso que estou dizendo. Talvez eu custe a acreditar que realmente acabou. 
Mas duas coisas são certas: vai deixar um vazio enorme e quem é fã da série estará, até o último momento, repetindo "I'm not ready for this".


sábado, 15 de março de 2014

Sobre terminar mais um ciclo


Em primeiro lugar, sou péssima para cumprir promessas relacionadas ao blog.
Em segundo, essa é uma postagem muito especial.
Na última quinta-feira, 13, tive uma das noites mais bonitas da minha vida: recebi o meu diploma de Bacharela em Comunicação, com habilitação em Jornalismo. E estavam lá as pessoas mais incríveis que eu poderia ter conhecido nesses últimos quatros, entre os colegas formandos e professores.
Confesso que alguns filmes estão passando pela minha cabeça. Um deles começa quatro anos atrás, quando eu fui para a minha primeira aula no ensino superior e termina quando eu entrei no carro, para voltar para casa, depois da solenidade.
Quatro anos vivendo e aprendendo, às vezes da pior maneira, mas sempre tirando boas lições, mesmos das experiências mais frustrantes. Sim, porque estudar na Universidade é isso: ter um monte decepções, de coisas dando errado, de pessoas que não querem colaborar. Mas também é saber que os erros nos fortalecem, quando parecem que vão nos enfraquecer.
Estudar na Universidade é criar, inventar, buscar alternativas e soluções para os mesmos problemas. É se orgulhar quando os trabalhos dão certo, ganham prêmios, têm retorno do público e não só do conceito no final do semestre. Aprendemos que não trabalhamos para nós, mas principalmente para os outros. E o retorno deles é algo essencial para a nossa satisfação profissional. Estudar na Universidade é aprender a ter essas e outras responsabilidades, já que 'comunicação não é brincadeira de criança', como ouvi inúmeras vezes nesses quatro anos.
Estudar na Universidade é aprender a admirar e respeitar professores que são extremamente importantes na nossa área de conhecimento, mas também são humanos: precisam cuidar das suas casas, famílias e questões pessoais. E ainda assim chegam antes de nós para reclamar dos nossos atrasos e deixam de dormir para corrigir nossos trabalhos.
Estar na Universidade é conhecer pessoas, dos mais diversos tipos, cores e credos. É formar panelinhas e depois se afastar delas. É fofocar entre uma aula e outra, é sentar nos bancos do Facom, esperando uma aula começar, e ouvir histórias pelos corredores, é sentar no chão para terminar de ler um texto. É criar amizades que vão durar a vida inteira, mesmo que elas tenham nascido do jeito mais maluco possível.
Estudar na Universidade é mais do que conseguir um diploma ou poder marcar 'ensino superior completo' nos questionários. É aprender dentro e fora de sala de aula. É descobrir cada dia um pouco mais de si e um pouco mais de quem queremos ser. É o primeiro passo para um grande futuro.