As pessoas fingem ser felizes não por elas, mas para se exibir para os outros, para mostrar que têm capacidade de conquistar seus objetivos, para tentar ser melhores, quando, na verdade, não estão felizes, por dentro, estão em cacos, quebradas como um cristal espatifado no chão, querendo deixar transparecer uma felicidade que não existe dentro de suas almas.
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Foi mais ou menos essa minha resposta para uma questão que eu fiz ontem, em uma atividade de Língua Portuguesa.
E é verdade. As pessoas se preocupam tanto com os outros que esquecem de si mesmas. No final, buscam expor uma felicidade inexistente.
Peguemos um exemplo.
Dois homens, ambos já com, sei lá, quarenta anos. Ambos casados, com um emprego estável, filhos...
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O primeiro é diretor de uma importante empresa. O outro é professor da rede estadual. À primeira vista, quem é mais feliz?
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Vamos ver essa história mais a fundo. O primeiro homem, o diretor da empresa. Graduou-se e pós-graduou-se. Casou-se, teve dois filhos. Ele sempre buscou o melhor para a família dele, esse era o seu conceito de felicidade. Trabalhou, trabalhou e trabalhou até alcançar um cargo importante e um salário generoso. Pôde dar do melhor para a esposa e os filhos: as jóias mais caras, as roupas mais bonitas, os mais modernos carros. No entanto, ele não levou os filhos para andar de bicicleta aos domingos, nem os colocou para dormir, nem os ajudou a fazer a lição de casa. Não viu a esposa cansar-se de comprar, entrar em depressão e arranjar um amante. Não viu os filhos crescer, tampouco, seu casamento ruir. No entanto, eles são uma típica família de classe média alta. Precisam manter a pose. Saem sempre nas fotos das colunas dos jornais com seus melhores sorrisos, como uma família feliz.
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O segundo homem só conseguiu entrar para a rede pública de ensino. Trabalhou em alguns colégios particulares, só que viu que isso lhe tomava muito tempo e abriu mão do dinheiro, quando conheceu a mulher com quem se casou. Abandonou os colégios pagos para poder se dedicar a esposa, principalmente, depois que ela engravidou. Acompanhou o nascimento das crianças e sempre as levava para passear todo final de semana. Fazia surpresas românticas para a amada. Esse era o seu conceito de felicidade. Não tinham o carro do ano, nem a televisão mais moderna, no entanto, tinham a companhia um do outro. Não saiam em jornais, mas suas fotos tinham uma felicidade natural. Os sorrisos, os abraços, os carinhos e os beijos eram sempre verdadeiros.
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E agora? Quem você acha que é mais feliz? E você? Qual o seu conceito de felicidade?
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p.s¹: sim, mudei o layout do blog porque eu não tinha o que fazer, mesmo.
p.s²: Pedro, tentei resolver o problema do espaço.