Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba...
(Por enquanto - Cássia Eller)
Acho que uma das coisas mais incríveis do Facebook é aquele "Pessoas que talvez você conheça". Lógico, deve existir um monte de mecanismos para aquela foto, daquela pessoa que você não vê faz anos aparecer bem ali no canto da sua página e você pensar "Meu Deus! É Fulano!".
~Confesso que algumas vezes penso que os mecanismos lógicos são dispensáveis e o que acontece é um espírito do mal que vai nas profundezas do inferno do seu passado buscar justamente quem você mais queria esquecer~
A verdade é que de vez em quando pessoas com quem eu perdi contato faz tempos me adicionam. Eu aceito e lembro dos bons momentos que tivemos. Consequentemente, lembro do que nos afastou. Tento entender porque aquela amizade não durou para sempre, como a gente costumava declarar em cartinhas, bilhetes de sala de aula ou depoimentos no Orkut.
~Sim, sou desse tempo e tenho certeza que você também~
O que me incomoda, ainda que discretamente, é ver o perfil online daquela pessoa. Você acha que conhece bem as pessoas e, de repente, "Nossa, ela gosta de reggae agora!"
~Nada contra reggae, é só um exemplo~
O que eu quero dizer é que a gente se ilude com as pessoas e acha que a amizade, o namoro ou qualquer outro tipo de relacionamento vai durar para sempre e ninguém vai mudar e tudo vai ser perfeito...
Desculpa, mas geralmente não é assim que as coisas funcionam no mundo real.
Por mais que pareça perfeito, um dia as coisas chegam ao fim. E as pessoas vão se afastando, se perdendo, perdendo espaço nas nossas vidas, nos bons momentos e quando você vê, elas não estão mais lá, onde disseram que estariam para sempre.
Mas não vamos negar que existam exceções: poucas, raras e verdadeiras. Sempre teremos quem permaneça conosco, na alegria, na tristeza, saúde, doença, na pobreza e na riqueza e nem a morte é capaz de separar.